Análise pessoal x psicoterapia: a aposta no inconsciente.

A psicoterapia e a análise são métodos de tratamentos psicológicos, porém existem pontos de divergências que acho interessante pontuar aqui.

Em ambos os métodos o psicólogo utiliza-se do  sigilo profissional e de um ambiente acolhedor e livre de julgamentos, porém a psicoterapia, em suas diversas técnicas, geralmente tem maior foco em uma redução de sintomas, utilizando-se de uma prática mais diretiva, ou seja, dando uma direção ao paciente, podendo aplicar tarefas de casa e sugestionar ações.

Já a análise tem como foco de intervenção a narrativa que sustenta os sintomas e fantasias, por isso temos uma regra fundamental destinada ao analisando: associe livremente!

O inconsciente é a base de uma análise psicanalítica, para que aconteça é necessário uma aposta em sua existência, pois a regra fundamental de uma análise, a associação livre, já é, em si, uma aposta no inconsciente.

O inconsciente é estruturado como uma linguagem e é assim que se revela, portanto há a necessidade da fala livre. É claro que o analista pode fazer perguntas e intervenções, mas é interessante que a fala sempre parta do sujeito em questão. Não é só sobre linguagem que se trata o inconsciente, mas a fala é o caminho para ele, só com a linguagem pode-se escutar suas fantasias, sintomas, verdades e vazios. 

Você já se pegou repetindo ações que não tem ideia do motivo? Por meio da fala livre em conjunto com uma escuta qualificada, é possível dar contorno a isso que se escapa do próprio controle. A análise é sobre escutar o que se tem a dizer e eu estou aqui para isso!

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